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quarta-feira, 29 de junho de 2011

Piranhas uma cidade um poema

Piranhas uma cidade um poema



..
Lapinha cravada nos montes
Piranhas contempla o velho chico lento
rio azul dos acalentos.

Passa Francisco rio passado presente
lavando lapidando as pedras de Piranhas
peixes cidades gente banham-se as entranhas.

Do alto do Xingó a canção do rio
no fim da tarde traz a musica das montanhas
no assobio do vento no cruzeiro acende-se Piranhas.

Noite ou dia paraíso do sertão
quem teve nos olhos piranhas
iluminou o corpo alma e coração

como esquecer a velha estação
o museu da pré-história e do cangaço
da alegra de seu povo da hospitalidade de Inácio?

da hidrelétrica do Xingó
dos anjos brancos de Piau
das esculturas de pedras e carrancas de pau !

da folia dos bares da prainha
do caldinho de peixe com cerveja e pitú
do passeio do barco do banho no rio limpo e azul!

Piranhas cidade viva inesquecível
das casas arco-íris poema de minha íris.





Bento Calaça

terça-feira, 28 de junho de 2011




Para Mano Véio.
...
Nascido na Mooca
lobo de fogo
guerreiro solitário
suas lembranças
ainda são crocantes
tais quais as pipocas
dos cines Aliânça
Ouro Verde e Patriarca
a experiência foi dura
nostálgico chorou
quando o cine Roma
fechou suas portas
com o filme Roberto Carlos
em Ritmo de Aventura.
Malandro da Mooca
criado nas gangs de rua
sobreviveu a era da navalha
e brilhantina
longe de ser um homem
calculável do dócil rebanho
fruto da melhor argamassa
do rio Tamanduate
ainda mantem
de sua identidade antiga
o velho gingado e paletó aberto
o lenço de seda no pescoço
para cegar navalhas inimigas
nosso herói aspira á unicidade
enquanto a grande maioria
tomava seu cuba libre
ele bebia e até hoje bebe
seu Blood Mary!



Bento Calaça