o velho chico
montado no vento
enquanto canyons
olhavam-se nos olhos
sábado, 27 de fevereiro de 2010
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
Fantasia
a roupa da noite
já me cabe
visto
da sombra,
camisa
e calça
meia lua
meu chapéu
duas nuvens
de sapato
já me cabe
visto
da sombra,
camisa
e calça
meia lua
meu chapéu
duas nuvens
de sapato
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
A Oferenda
Ele
na partida
carrega nos olhos a morada
não pôde ser árvore,
foi ser navio
A casa
que já coagulava,
amarga a dor da solidão
no breu.
Netuno,
deus das tempestades
bradou nas ondas do mar:
- vem escravo de baco!
Oceano,
o pai de todos os seres
te espera
Oceano,
de lança em punho,
filho do Urano
agradece aos outros deuses
o sacrifício posto
sobre o fogo de seu altar
na partida
carrega nos olhos a morada
não pôde ser árvore,
foi ser navio
A casa
que já coagulava,
amarga a dor da solidão
no breu.
Netuno,
deus das tempestades
bradou nas ondas do mar:
- vem escravo de baco!
Oceano,
o pai de todos os seres
te espera
Oceano,
de lança em punho,
filho do Urano
agradece aos outros deuses
o sacrifício posto
sobre o fogo de seu altar
Ele
num dia sem orvalho,
do pó
mistura-se ao sal do mar.
num dia sem orvalho,
do pó
mistura-se ao sal do mar.
sábado, 6 de fevereiro de 2010
Destino
Na infância
colecionei nuvens
para empina-las ao vento
Aos 50
ando pelas tabelas
empilhado de sonhos
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Quarta-Feira de Cinzas
" É de fazer chorar
quando o dia amanhece
e obriga
o frevo acabar
oh Quarta-feira ingrata
chega tão depressa
só pra contrariar" (....) Luiz Bandeira
.
.
ao pôr do sol
ainda com carnaval nos olhos
vou vomitando minhas lembranças
dependuro minha fantasia
na encruzilhada
despacho meus fantasmas
sob o céu azul
ficam pedaços de mim
em azulejos
quando o dia amanhece
e obriga
o frevo acabar
oh Quarta-feira ingrata
chega tão depressa
só pra contrariar" (....) Luiz Bandeira
.
.
ao pôr do sol
ainda com carnaval nos olhos
vou vomitando minhas lembranças
dependuro minha fantasia
na encruzilhada
despacho meus fantasmas
sob o céu azul
ficam pedaços de mim
em azulejos
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
De Perder a Cabeça
como a lua
ela cada vez aparece
com uma face diferente
e eu
feito prego enferrujado...
nem Santo Antonio com um gancho
me tira de sua janela!
ela cada vez aparece
com uma face diferente
e eu
feito prego enferrujado...
nem Santo Antonio com um gancho
me tira de sua janela!
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Respondendo a Neruda II
O que diz a velha cinza
quando caminha junto ao fogo?
È de sua juventude
que aqueço minhas memórias
Por que choram tanto as nuvens
e cada vez são mais alegres?
Por voarem abaixo do feliz
azul do céu
Onde encontrar um sino
que soe dentro dos teus sonhos?
Na torre
da esperança
Quando o preso pensa na luz
é a mesma que te ilumina?
A luz da liberdade
é a mesma para todos
Por que o chapéu da noite
voa com tantos furos
Os astros e estrelas
não deixam que ela fique sem luz
Porque é tão dura a doçura
do coração da cereja?
Para que não seja destruída
sua semente
Por que detesto as cidades
que cheiram a mulher e urina?
Pelo arrependimento
do passado
Onde está o menino que fui
segue dentro de mim ou se foi?
Há sempre na memória
o perfume da infância
Por que vou rondando sem rodas
e voando sem asas nem plumas?
O trasporte
são teus sonhos
Que aprendeu a árvore da terra
para conversar com o céu/
Que homens são mais perigosos
que cupins
quando caminha junto ao fogo?
È de sua juventude
que aqueço minhas memórias
Por que choram tanto as nuvens
e cada vez são mais alegres?
Por voarem abaixo do feliz
azul do céu
Onde encontrar um sino
que soe dentro dos teus sonhos?
Na torre
da esperança
Quando o preso pensa na luz
é a mesma que te ilumina?
A luz da liberdade
é a mesma para todos
Por que o chapéu da noite
voa com tantos furos
Os astros e estrelas
não deixam que ela fique sem luz
Porque é tão dura a doçura
do coração da cereja?
Para que não seja destruída
sua semente
Por que detesto as cidades
que cheiram a mulher e urina?
Pelo arrependimento
do passado
Onde está o menino que fui
segue dentro de mim ou se foi?
Há sempre na memória
o perfume da infância
Por que vou rondando sem rodas
e voando sem asas nem plumas?
O trasporte
são teus sonhos
Que aprendeu a árvore da terra
para conversar com o céu/
Que homens são mais perigosos
que cupins
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