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terça-feira, 28 de julho de 2009

Piranhas Uma Cidade Um Poema

Lapinha cravada nos montes, Piranhas
Contempla o velho chico lento
Rio azul dos acalento.

Passa Francisco, rio passado presente
Lavando lapidando as pedras d'Piranhas
Peixes cidades gente, banham-se as entranhas.

Do alto de xingó a canção do rio
No fim da tarde traz a musica das montanhas
No assobio do vento acende-se Piranhas

Noite ou dia paraíso do sertão
Quem teve nos olhos Piranhas
Lavou corpo alma coração

Como esquecer a velha estação
O museu da pré-história do cangaço?
Da alegria do seu povo da hospitalidade d'Inácio!

Da hidrelétrica do Xingó
dos anjos branco de piau
Das esculturas d'pedras e carrancas de pau

Da folia dos bares da prainhas
Do caldinho de peixe com cerveja e pitú
No banho passeio d' barco, no rio limpo e azul.

Piranhas cidade viva inesquecível
das casas arcos-íris
poema de minha íris

terça-feira, 21 de julho de 2009

Por nossas ruínas ancestrais - Calaça&Agatha

.



a casa rococó relicária
existe efêmera desencantada
as traças ruíam do brasão
aos ossos da família

o silêncio a falta de luz
o sol pálido esquecido
numa nuvem doente

a poeira acumulada
dos antepassados
tiram o brilho e o glamour
dos quadros patriarcais

feito herança maldita
de sabujos e proscritos
emoldurados na servidão
de sua linhagem decadente

enquanto amarelam
os cantos das salas vazias
os berços legados
esperam mais um...

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Nóia

no anoni
mato
colando os pedaços
do nada
levanto-me
pari passu
puxando mato
volto
a puxar o gatilho

segunda-feira, 6 de julho de 2009

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Recordações

(...) essa mulher é um mundo! - uma cadela
talvez...- mas na moldura de uma cama
nunca mulher nenhuma foi tão bela ... Vinicius de Moraes

Nela havia um segredo dissimulado
E que de tanto tentar entende-lo
Ouvia-se sons do quebranto do mar
Em búzios que pairavam o silêncio

Uma boca madura doce sugava-me
Alquimia do toque da língua em choque
O percurso era de rio sem rumo redemoinho
Imaginava-me escravo as correntes de um deusa

Os corpos fremiam feito bandeiras ao vento
Sugando-me seiva aos urros do sal a saliva
Em leite pêlos pele e poros transbordavam

Vazios nossos corpos pairavam na névoa
Os olhos olhavam-se lacaios dos desejos
Enquanto feromônios perfumavam nossos lençóis